domingo, 25 de julho de 2010

Ultimamente estou nadando em um rio sem criatividade. Meu cérebro está em forma de Mickey, assim como tudo que eu vi nos últimos 15 dias. As aulas estão voltando e os livros estão me obrigando a aprender o que vai me ser cobrado semana que vem. A família ganhou um novo membro, um cachorro, que faz suas necessidades em todo lugar que seja impossível de limpar completamente. Eu, genuinamente, ganhei uma dor de garganta dos infernos por andar debaixo de um sol de 40 graus e depois entrar em um ar condicionado de 20 graus durante toda minha viagem. Ganhei também um monte de tranqueira que julguei válida comprar como lembrança e que agora não sei onde colocar. Junto com o boletim, veio um belo castigo que vai me fazer abandonar o computador, e conseqüentemente o blog, por um bom tempo. Ah, e uma grande saudade também está embrulhadinha por aqui em algum lugar.
Por mais que esteja com saudades de algumas pessoas, admito que outras não quero ver tão rápido assim.
Passar alguns dias fora me fez refletir sobre algumas amizades.
Acho que preciso acordar agora... Meu mundo foi inteiramente mágico por grande parte das férias, mas agora, nem me fantasiar de Pato Donald e ir desfilar no Magic Kingdom vai me salvar da realidade. Mas foi muito bom me purificar de tudo...
15 dias sem internet. 15 dias sem celular. 15 dias sem família. 15 dias sem namorado. 15 dias só com alguns conhecidos, e no mínimo, uns 5 amigos. 15 dias de pura diversão. 15 dias sem pensar na minha vida...
Foi ótimo, mas estou feliz em finalmente dizer que estou de volta...

terça-feira, 6 de julho de 2010

We are each a beautiful snowflake that will melt in Hell

Hoje teremos um texto por Mateus, cujos interesses incluem reclamar, achar defeitos em tudo e escrever textos gigantes.
 
Bio: Especial, com sonhos, gosta de se divertir. Descrição: Altas esperanças, feliz, único.
Você é único. Você é especial. Você vai ser alguém na vida e você vai fazer alguma diferença. Você resiste a modinhas. Você é um indivíduo separado dos outros, com gostos únicos e pensamentos próprios. Você não é influenciado pela mídia e forma suas próprias opiniões. Você não é manipulado por uma religião ou pela classe dominante, e você não segue a rotina.

O problema é que ou todos são especiais e únicos, ou ninguém é tão especial e único assim. Encare o fato que você segue modas e tem comportamento de bando para se encaixar. Encare o fato que talvez você não seja tão diferente dos outros como pensava, e que seus gostos e pensamentos são meramente espelhados em pessoas que você admira, ou até mesmo pessoas do cotidiano. Encare que suas opiniões são provavelmente formadas por algum especialista de São Paulo ou televangelista no Rio de Janeiro, e suas idéias, uma citação de algum filósofo que já morreu. Encare o fato que a religião e ideologias em que você foi criado muito provavelmente irão influenciar suas decisões futuras e encare o fato que você é um robô da rotina, sim, na maioria dos seus dias. Pelo Amor, todas as nossas ações se refletem na rotina, e aqueles que não a seguem são ditos desleixados, preguiçosos ou bêbados.

Bêbados, aliás, porque o simples entender desses fatos cria uma sensação de impotência em face do futuro, o que leva a pessoa a querer se divertir enquanto há tempo. Carpe diem, dizem. Carpe diem, porque a vida é curta, e a morte, certa. Carpe diem, porque todo mundo te diz o que você deve fazer para ter uma boa vida, e nenhuma das alternativas parece boa o suficiente e todas parecem ser vagas. Algumas delas incluem: Ser feliz, ser rico, ser famoso, ter uma família, ter uma crença, ter um emprego, ser uma boa pessoa, amar. Crises nascem quando a meta principal de certa pessoa não se cumpre até o tempo que ela pensava que já as teria alcançado. Carpe diem, porque ninguém fez um manual de instruções para a vida.

Talvez eu esteja errado. Não tenho muita experiência de vida, afinal. Talvez eu esteja vendo a realidade através de olhos manchados pela opinião equívoca de alguém que só observou os acontecimentos do lado de fora. Olhos manchados, mas olhos de uma geração que, durante anos, foi dita por pais e professores que um dia seria melhor que todo mundo, e que seria a geração que salvaria o mundo manchado pelas mãos de inúmeras gerações passadas. A geração que poderia ser o que quisesse, e seria feliz. Uma geração de pessoas inteligentes, que faria a diferença, que traria felicidade e conhecimento ao novo mundo, um mundo de amor e união.

Talvez as coisas realmente mudarão e são pessoas com pensamento como o meu que atrasam o progresso. Talvez as pessoas realmente lutem contra a rotina de um modo benigno e tenham idéias novas, filosofias positivas, e talvez sejamos mesmo a geração que trará mudança ao mundo. E esse pensamente é confortante, e fique sabendo, caro leitor que, por mais cético que sejam meus ideais, conflitos internos ainda me assombram. Por exemplo, Deus não existe, mas acredito Nela. Não acredito no Amor, mas estou amando. Vai entender.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Produção em massa

Sou daquelas que não pensa antes de agir e depois encara as conseqüências. Odeio esquecer de perguntar pra mim mesma se vale a pena, isso é realmente horrível.
Sou daquelas que não passam vontade e fazem o que querem. Não consigo ver uma coisa, querer, e não ir tentar conseguir. Mesmo se for uma coisa ruim.
JUST DO IT. Não é tão difícil assim. Admito que passo alguns apertos, mas é a melhor forma de viver a vida.
Quando você deixa de fazer alguma coisa que quer, deixa de viver a vida da sua maneira.
Prometo pra você que é muito melhor ter aquele friozinho na barriga de fazer algo sem pensar no amanhã do que a segurança e a monotonia do esperado.
Não gosto de nada que seja padrão. Odeio todo mundo igual, todo mundo fazendo as mesmas coisas. Até parece que somos robôs procurando um lugar no horizonte, e para isso temos que ter uma rotina perfeita. Muito mais legal ser eu mesma. Sério.